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Patronos

Raimundo Elesbão de Oliveira

    O poeta Raimundo Elesbão de Oliveira nasceu no dia 27 do mês de outubro de 1899, no Sítio Riacho Grande, hoje Vila Riacho Grande, deste município de Araripe – CE.

    Filho dos Agricultores: Francisco Custódio de Oliveira e Egídia Pereira Evangelista.

    Trabalhou inicialmente com os pais no ramo da Agricultura; porém na adolescência determinou a si mesmo que aprenderia a ler e escrever e com determinismo que só ele tinha, desta forma o fez.

    Toma conhecimento da literatura nacional e estrangeira através da leitura dos clássicos universais, dentre os quais podemos citar: Homero, Vírgilio, Dante, Miguel de Cervantes, Camilo Castelo Branco, Machado de Assis, José de Alencar, etc... Regressa à cidade natal e, aqui em Araripe, assume as funções de Tabelião, Escrivão, Oficial do Registro Civil da Comarca, por ter sido antes escrevente compromissado do mesmo cartório no ano de l934. Cargo este exercido com pleno êxito até atingir a idade limite permitida ao Serviço público, sendo que no ano de 1969, é forçado a aceitar sua aposentadoria.

    Já no ano de 1971 foi eleito Prefeito Municipal de Araripe, sendo empossado no ano seguinte. Ficou nesta função por um curto período de tempo, ou seja, apenas um ano e sete meses. É digno de nota que nesta última incumbência de Prefeito, desempenhou com dignidade, respeito e coragem. Promoveu e desenvolveu a educação, e a saúde, incentivando e melhorando as condições de esporte e lazer deste município. Neste período teve todas as suas contas públicas aprovadas, com louvor. Bem representou Araripe – o que se tornou motivo de orgulho e regozijo para todos os concidadãos araripenses, que lhe renderam esse voto de confiança.

    Agnóstico, era um intelectual de renome conhecido no meio Caririense. O mesmo ainda era sócio correspondente do Instituto Cultural do Cariri. Suas poesias atravessaram fronteiras e barreiras intransponíveis. Lamentável que não tenham sido publicadas – como prometido pelo Governo da época e a então Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. É autor da letra do Hino do Município de Araripe; uma das obras que o imortalizou como poeta.

    O seu falecimento ocorreu no dia 06 de Janeiro de 1978, numa sexta-feira, exatamente às 09:00 horas, em sua residência, na Rua Cel. Miguel Arraes Sobrinho em Araripe – CE.

Antonio Valentim de Oliveira

    Antonio Valentim de Oliveira nasceu em 30 de outubro de 1904, no município de Santana do Cariri. Filho de Manoel Valentim de Oliveira e Ana Guedes da Mota que eram pequenos agricultores. Aprendeu a ler com seu irmão Laurenio.

    Era profundo conhecedor de história geral, geografia, português e literatura, conhecendo a vida e poemas dos mais famosos poetas, sabendo declamar de cor diversas poesias, entre elas os Lusíadas de Luiz de Camões. Também entendia de música e astronomia.

Chegou em Araripe e desempenhou a função de sacristão morando na casa paroquial sob a proteção do Padre Alexandrino Feitosa.

    Foi agricultor, comerciante e Vereador. No primeiro mandato de Edmar Soares Martins foi Vice-Prefeito. Aos vinte e seis anos casou-se com Antonia Carmelita Rodrigues de Menezes, com quem teve seis filhos. Desses filhos, Mariinha é poetisa, fazendo parte da Academia dos Poetas de Irajá no Rio de Janeiro.

    Passou muito dos seus conhecimentos para seus filhos e era costume ensinar poesias de grandes poetas ou escrever poesias para suas filhas Rita, Mariinha, Tarcísia e Ana, declamarem nas festas escolares ou municipais.

    Ficando viúvo casou-se com Antonia Diva com quem teve três filhos: Tarcísia, Tarcísio e Ana Lúcia.

    No ano de 1990 foi morar no Crato, onde residia suas filhas, vindo a falecer em 22 de Março de 1992, com 88 anos, e sepultado na cidade de Araripe.

    Antonia Fulgêncio de Lima nasceu em Araripe-CE no dia 04 de Agosto de 1921. Filha de Jerônimo Fulgêncio de Lima e Raimunda Maria de Amorim; ambos naturais da cidade de Icó-CE. (Foram uma das primeiras famílias que povoaram a vila de Brejo Seco), hoje município de Araripe.

    Antonia, professora Normalista diplomada com Honra ao Mérito no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Petrolina-PE. Dedicou todo o seu tempo disponível ao estudo da poesia; crônicas ; vários textos e álbuns, cadernos de pintura e desenhos artísticos; além de ser constante estudiosa das línguas: Portuguesa, Francesa e Italiana (das quais possuía gramáticas, dicionários, vários compêndios e alguns romances, inclusive alguns clássicos em Literatura Portuguesa).

    Concluiu o seu Curso Normal já bem debilitada pela doença e por esse motivo nunca lecionou. Todos os recursos disponíveis naquela época foram utilizados no tratamento; mas em vão. Piorava a cada dia. Faleceu no dia 18 de Janeiro de 1958 com apenas 37 anos de idade. Tuberculosa, mal considerado incurável.

    Antonia era a personificação da bondade; simplicidade e sabedoria. Em seu leito de morte recebeu a extrema-unção e comungou pelas mãos do Padre Baldomiro; o qual comentou ter notado transfiguração em seu semblante e disse para os presentes que estava possuído de uma forte emoção e uma felicidade muito grande em atender esta santa nos momentos finais de sua vida. Ela morreu rezando.

Antonia Fulgêncio de Lima

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