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POESIAS

LEMBRANÇAS
 
Como o sol no amanhecer
Surgiu você na minha vida
Enchendo de luz e graça
Minha vida entristecida
Me encantou por um bom tempo
Mas o descontentamento
Veio com sua partida.

Partiu deixando saudade
Tristeza e muita dor
No meu peito só o vazio
Por falta do seu amor
No meu corpo só frio
Na minh’alma o sombrio
Que sua ausência deixou.

Hoje aqui no meu silêncio
Vivo de tudo a lembrar
Dos nossos grandes momentos
Que nos deixamos amar
Até sinto o seu calor
Que aquecia com amor
Com carinho a me tocar.

Hoje triste com saudade
Lembrando quando chegou
Me encheu de encantamento
Me entregando com ardor
O seu bem mais precioso
O sentimento grandioso
A que chamamos de amor.

Essa lembrança alimenta
Um passado pra viver
Diferente do que dizem
Que lembrar dobra o sofrer
Acho pura ilusão
Pois nesse meu coração
Esse amor só faz crescer.

E amar não é quantidade
Amar um ou dois ou três
Pois um grande amor vivido
Pode valer muito mais que seis
Não é como Raul diz
Sei que pode ser feliz
Quem amou só uma vez.

(Demontier Peixoto)

A PLUMA

Simples e calma borboleta em pouso
Que antes não foi vista em meu jardim
Já me fizestes poeta pomposo
Romântico as vezes que pousas em mim

E no afeto do abraço fraterno
No mais sutil prazer que a carne sente
Senti –me então no mais carinho eterno
Mais louco um pouco mas com sóbria mente.

(Francisco Aroldo)

O QUE TEM NA SERRA

Tem revoadas de passarinhos
Inspiração da poesia
Estrada de chão, poeira
E sustento pro dia-a-dia.

Tem na serra juritis
Tem mistérios pra se estudar
Neve, chuva, água escarsa
E gente que sabe amar.

Tem poeta que se atreve
Com os querem falar
E tem ainda muitas flores
Motivos pra se lutar.

A serra tem gavião
Bem-te-vis e porco espinho
Tem beija-flor, tem borboletas
E gente que faz carinho.

Tem xixi na rede pelo frio
Criança que faz a lição
Tem jiquirí, tem pimentinha
E tem gente repleto de emoção.

Tem oração, temor a Deus
Também flecha certeira
Que atirada com paixão
Acerta qualquer coração.


Tem gente que ensina e aprende
Estuda, trabalha e produz
Tem criancinha desprovida
Adultos marrudos, cizudos...

Mas tem mulheres delicadas
Aptas de poetizar,
A violência e o amor.
Só não tem na serra
Gente pra fazer terror.

Tem a serra encantamentos
Magias, e cinderelas
Clima ameno e clima quente
Sem resquícios nem seqüelas.

Entre eu e esta serra
Há um imã da intimidade
Quando sinto a sua brisa
Lembro minha posteridade.

A serra é tão agradável!
Se conheço é porque digo
Foi nesta grande serra
Que deixei o meu umbigo.

(Antonio Hélio da Silva)

AUTODEFINIÇÃO

V ivo a essência do bem
A nte a expressão do mal
N em que o santo ou profano
D etermine consciência ou loucura
I nsisto nesta árdua procura
R eaver sabedoria pra minha cura.

(José Vandir)

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